arte antiguidade classica
O Discóbolo é uma estátua do escultor grego Míron, que representa um atleta momentos antes de lançar um disco. Provavelmente seja a estátua do desportista em acção mais famosa do mundo.
Segundo nos dizem Plínio, o Velho e Luciano de Samósata, o original fora produzido em bronze em torno de 455 a.C para ser instalado em um palácio de Atenas, possivelmente criado para comemorar um atleta vitorioso no antigo pentatlo, mas a obra acabou se perdendo ao longo do tempo. A composição no entanto sobrevive em diversas cópias romanas, todas com variações entre si, o que deixa algumas dúvidas sobre a conformação exacta do original.
Estilisticamente o Discóbolo ilustra a transição do Estilo Severo para o Estilo Clássico. A descrição anatómica tem um carácter mais naturalista do que a idealização praticada pelos seus antecessores imediatos, e apesar de dinâmica, é mais ou menos confinada dentro do plano frontal, à maneira de um alto-relevo. A vanguarda da escultura grega logo após Míron se tornou celebrada por dar a verdadeira independência tridimensional à escultura, criando obras igualmente eficientes em todos os ângulos. Essas características, se lhe dão um carácter transicional, não lhe retiram mérito
próprio como obra perfeitamente acabada sob todos os aspectos, quando analisada no contexto de seu próprio momento histórico e cultural. Sob outro ponto de vista, Míron foi um pioneiro justamente pela introdução de uma abordagem anatómica e cinesiológica mais próxima do natural, e por ter conseguido sintetizar em arte um ideal de beleza física, de equilíbrio dinâmico e de harmonia entre mente e corpo, antecipando em muitos aspectos a produção de Fídias e Policleto. Na representação de atletas, a composição de Míron foi uma completa novidade. Nas palavras de Arnold Hauser, o Discóbolo representa o primeiro momento, desde as