desenvolvimento industrial de forma quase que uniforme, salvo algumas variações locais. Um fenômeno tipicamente urbano, que nasce nas capitais e se expande para o interior, e que atua em todas as categorias: A arquitetura das casas, o desenho dos móveis e a urbanização de bairros inteiros. Por essa propagação, logo se torna moda entre toda a burguesia industrial do começo do século. A Alta burguesia das cidades europeias consome arte produzida por artesãos qualificados em materiais nobres e a baixa burguesia trabalhos confeccionados em materiais mais baratos e produzido em massa pela indústria. Afinal, foi nessa época que as máquinas tornaram-se aptas para reproduzir trabalhos artísticos com qualidade e precisão adequadas. O que barateou a arte e facilitou muito a criação de modismos e tendências. Era a reprodução em massa de objetos pensados por esses artesãos que permitia as pessoas adquirirem obras como Escrivaninha de Henry Van Velde. Talvez tenha sido nesse período que o mundo assistiu o nascimento do design, até por que o Art Nouveau é um estilo ornamental ou seja: que adiciona um elemento ornamental a objetos úteis. No entanto, conforme o estilo vai evoluindo, a ornamentação vai perdendo o caráter de “acréscimo” de modo que o próprio objeto vai se tornando um ornamento. Por exemplo: o icônico portão do Castel Béranger não é um portão ricamente decorado. Essa que talvez seja uma das obras mais conhecidas do movimento está mais próxima da arte que da funcionalidade. Apesar de não ter perdido seu caráter útil, é uma escultura que também funciona como um portão. O Art Nouveau é a intenção de utilizar o trabalho dos artistas de forma a servir o capitalismo. Seja criando moda ou ao produzir cartazes para peças de teatro. Usando basicamente a temática naturalista, motivos icônicos derivados da arte japonesa, ritmos baseados na curva e seus derivantes e cores frias pálidas. Existe também a recusa da proporção e do equilíbrio simétrico buscando ritmos