Art Nouveau
O Art Nouveau se adentra na sociedade moderna, marcando a história da arte do século XIX com o seu sentimentalismo e expressões líricas dos românticos e influenciando diversas áreas das artes, sendo a arquitetura uma delas, na qual também podemos ver algumas de suas grandes obras. Esse estilo tenta adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo acelerado da vida moderna que surgiu com a Segunda Revolução Industrial, porém ao mesmo tempo tenta acabar com as imitações dos estilos do passado e propõe processos construtivos artesanais, em especial nos materiais. Por ser um movimento tão artístico, acabava desafiando a produção industrial que tendia a ser básico e menos sofisticado, foi “uma engenhosa provocação ao poder que as máquinas galgavam naquela época”.(1) Ao se analisar as principais características do Art Nouveau, percebe-se uma influencia do Movimento Neogótico, do qual assimilou uma de suas principais características, o culto da linha, que o vai destacar de outros movimentos arquitetônicos. De fato, a linha, não o volume, a cor, ou o efeito de massa, vai se tornar a marca do Art Nouveau. Entretanto a linha vai desempenhar um papel diferente da linha força, que desenhava os esforços das estruturas góticas. Agora será o desenho figurativo o que vai ser buscado, característica que herdou do seu antecessor, Art and Crafts. A linha será curva, buscando a representação da natureza, qual a antena de um inseto, o caule de uma flor, o planejamento de um tecido, o contorno das pétalas de uma flor, ou as curvas geradas pelo estalar de um chicote. Os motivos florais, as folhagens, a fertilidade da natureza, serão os temas preferidos, mas não faltarão mistérios, duendes. Diferentemente da poética clássica, para a qual a simetria era um das características fundamentais, é muitas vezes na assimetria que vai buscar sua maior diferenciação. (2)
O que não falta nesse estilo de “arte nova” são os artistas inspiradores e revolucionários,