arriano de nicom dia
2594 palavras
11 páginas
ANÁBASEDE
ALEXANDRE,
DE
ARRIANO
ARRIANO, LIVRO VII, 1 (5-6) E 2 (1-4)
INTRODUÇÃO E TRADUÇÃO1
1. INTRODUÇÃO: ALEXANDRE PELOS OLHOS DE ARRIANO
1.1. Algumas notícias sobre Arriano e sua Anábase
Lucius Flavius Arrianus viveu entre 87 e 180 a.C. Filho de família aristocrata grega, nascido ao norte da Ásia Menor, em Nicomédia, na
Bitínia, ficou conhecido, assim como Xenofonte, Heródoto e Tucídides por obras de recolhimento de fatos, ou seja, foi um doxógrafo a que hoje nomearíamos historiador. Arrianus escreveu várias obras entre as quais a “Anábase de Alexandre”, da qual foi exertado o trecho ora traduzido. Devemos a ele o precioso recolhimento das Diatribes de
Epicteto, seu mestre no Estoicismo.
Para os fins desta publicação, os pequenos exertos agora traduzido da Alexandroy Anabaseos2 – parágrafos I, 5-6: II, 1-4 do livro VII
–, que dizem respeito à ocasião em que Alexandre se encontra com sábios indianos, os gimnosofistas, e com Diógenes, o filósofo grego.
Esse encontro, segundo Arriano, deu-se por acaso quando Alexandre dirigia-se ao santuário de Amon, no mar Cáspio, na desembocadura do
Eufrates e Tigre. Estas duas ocasiões, com o filósofo grego e com os gimnosofistas indianos, mostram algo da época e do próprio Alexandre, segundo a leitura que dele fez Arriano. Não são as únicas passa-
A tradução do texto grego foi elaborada pelo Prof. ETTORE QUARANTA, do Dep.de
História da Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo. Para fazer esta pequena notícia introdutória sobre Arriano e sua obra Anábase, a Editoria serviu-se das informações apresentadas pelo próprio Prof. Quaranta na sua tese de doutorado A imagem de Alexandre na Anábase de Arriano, defendida na Universidade de S. Paulo, em 1998.
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A edição utilizada pelo Prof. QUARANTA é a de P. A. BRUNT, por ser a mais recente (1967), segundo ele, e ter seguido a linha de A. G. ROSS (de 1907) baseada no chamado arquétipo A, onde há mais clareza de vocabulário identificando a personalidade e estilo de Arriano,