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Pluralidade Cultural

Palestra proferida no II Segundo Seminário De Combate Ao Racismo – O Negro E O Índio, organizado Pela ACP – Associação Campograndense De Professores, em 17.05.2001. Prof.ª Dr.ª Terezinha Bazé de Lima Há muito se diz que o Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade: é índio, afro-descendente, imigrante, é urbano, sertanejo, caiçara, caipira... Contudo, ao longo de nossa história têm existido preconceitos e relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma vivência plena de sua cidadania. Antes de tratar de pluralidade cultural é importante refletir sobre a concepção de cultura. O homem é capaz de criar e recriar emoções, separar, agrupar e classificar o mundo que o cerca. É dessa capacidade de pensar o mundo, de atribuir significado à realidade, que o homem cria o conhecimento. Esse conhecimento organizado, comunicado, compartilhado com seus semelhantes e transmitido à descendência se transforma em cultura humana. Podemos caracterizá-la como sendo toda criação humana. Inúmeros são os conceitos apresentados sobre cultura. Ora significa erudição, ora determinado tipo de realização humana, como a arte, a filosofia e a ciência; os conceitos navegam em instâncias cotidianas, em instâncias históricas, econômicas, políticas e artísticas. A cultura não é um simples conceito que se limite no sentido original da palavra (colere, que significa cultivar, criar), mas sim, do cuidado do homem com a natureza, o cuidado com a alma humana e o corpo das crianças com sua educação e formação. A cultura são os costumes, as tradições, a língua, a raça, a religião, enfim, os valores da diversidade humana. Ser culto não é ter escolaridade simplesmente, mas sim, ser você mesmo preservando seus valores, seus costumes, falando a sua língua e apreciando as diferenças, amando e respeitando a si e seus semelhantes. O ensinar/aprender está

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