arquitetura com bambu
Sistemas Estruturais e Construtivos VI
Docente: Elizabeth Oshima de Aguiar
BIOCONSTRUÇÃO: BAMBU/PALHA
Manuela Milani Hernandes
Código: 8215
INTRODUÇÃO
Na China, ouro verde. No Brasil, madeira dos pobres. Se no gigante asiático o bambu é largamente empregado há milênios - dos hashis
(pauzinhos usados como talheres) às estruturas das construções - em terras brasileiras, apesar da abundância, o uso ainda é muito restrito. Na maioria das vezes, o produto atua como figurante em cercas, mobiliário e peças de artesanato. Mas um grupo de pesquisadores de diferentes entidades está trabalhando para mudar esse cenário. É o caso da
Ebiobambu (Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia
Experimental em Bambu), em Visconde de Mauá (RJ). Fundada em 2002, a escola tem por meta disseminar as técnicas construtivas que utilizam o bambu e outros materiais considerados naturais ou ecológicos, como terra e fibras. "Acreditamos que o bambu é uma opção mais sustentável às madeiras de reflorestamento, auto-renovável e de rápido crescimento.
O eucalipto, por exemplo, leva seis anos para ser cortado e o bambu só três anos. Além disso, não é necessário ser replantado", afirma Celina
Llerena, arquiteta e diretora da Ebiobambu. Enquanto espécies arbóreas demoram até 60 anos para atingir 18 m, o bambu - considerado uma gramínea - demora apenas 60 dias para chegar a essa altura. A generosidade dos comprimentos dos bambus permite construções mais espaçosas e com grandes pés-direitos. Parte do estímulo à pesquisa vem do sucesso obtido em países vizinhos.
"Na Colômbia e no Equador, construir com bambu faz parte da cultura local, ao contrário do Brasil", compara Eduardo de Aranha, arquiteto, urbanista e pesquisador da Unicamp. Segundo Aranha, na Colômbia, por exemplo, existem programas de habitação popular com base no bambu.
Para o doutor Antonio Ludovico Beraldo, professor da Faculdade de
Engenharia Agrícola da