ARQUIP LAGO ECON MICO

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ARQUIPÉLAGO ECONÔMICO

Nos mapas “Brasil: a economia e o território”, identificamos em relação às atividades econômicas, no território brasileiro, uma organização em “coágulos”, ou seja, em “ilhas” ou “arquipélagos” econômicos, com um traçado das estradas, rodovias e ferrovias concentradas próximas ao litoral e com pouca penetração no interior do território. O funcionamento da economia colonial ocorreu de acordo com a lógica do comércio triangular atlântico, submetida ao monopólio mercantil e controle metropolitano. No caso do Brasil, isso fez com que, no Período Colonial, as cidades tenham se concentrado na franja costeira com adensamentos em algumas áreas como o Recôncavo das Baía de Todos os Santos e o da Guanabara e em estuários e baixadas costeiras, como é o exemplo da Santista. A de metais e pedras preciosas foi responsável pela interiorização do fato urbano nas Minas Gerais e Goiás; a extração das drogas do sertão (determinadas especiarias, como cacau, baunilha, cravo, castanha e guaraná, extraídas do chamado sertão brasileiro na época das entradas e das bandeiras), por sua vez, promoveu esporádico assentamento urbano na Bacia Amazônica e no Golfão Maranhense. O avanço do complexo cafeeiro paulista, no século XIX e início do XX, foi o principal motor do processo de interiorização do crescimento urbano, que avançou pelo Planalto Paulista ao longo do traçado das ferrovias, que escoavam o café para o porto de Santos.
A conquista e domínio territoriais sintetizam a essência da colônia e podem ser consideradas um traço comum na maioria dos processos coloniais de exploração (envolvendo, inclusive, o uso da violência). No período inicial da colonização, os europeus apropriaram-se de uma natureza e de territórios já humanizados, em maior ou menor grau, por povos que viviam no que viria a ser o atual território brasileiro. Desse modo, é justo afirmar que o “Brasil indígena antecede o Brasil lusitano e o Brasil contemporâneo”.
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