Arqueologia Da Violencia Trecho
2 introdução
Pierre Clastres arqueologia da violência pesquisas de antropologia política
Tradução Paulo Neves
Prefácio Bento Prado Jr.
Posfácio Eduardo Viveiros de Castro
7 Prefácio (por Bento Prado Jr.)
capítulo 1
27 O último círculo
capítulo 2
53 Uma etnografia selvagem capítulo 3
65 O atrativo do cruzeiro capítulo 4
75 Do etnocídio
capítulo 5
89 Mitos e ritos dos índios da América do Sul capítulo 6
135 A questão do poder nas sociedades primitivas capítulo 7
145 Liberdade, Mau encontro, Inominável capítulo 8
163 A economia primitiva capítulo 9
185 O retorno das Luzes capítulo 10
197 Os marxistas e sua antropologia capítulo 11
215 Arqueologia da violência: a guerra nas sociedades primitivas capítulo 12
255 Infortúnio do guerreiro selvagem 299 Posfácio (por Eduardo Viveiros de Castro) 367 Sobre o autor 375 Índice onomástico
Prefácio
A outrem, mais competente, caberia a tarefa de apresentar e analisar de forma sistemática a obra de Pierre Clastres, parcialmente conhecida pelo leitor brasileiro, graças à tradução de seu livro A sociedade contra o Estado.1 Outro é o propósito desta breve nota, que pretende apenas apontar alguns momentos de seu itinerário intelectual, que (interrompido embora por uma morte precoce) marcou tão fundamente a etnologia, o pensamento político e a filosofia da França de nossos dias. Tarefa menor que, estando ao alcance de quem teve a sorte de conviver com o autor desde o início da década de , pode ser útil ao leitor, dando-lhe uma visão (mesmo que impressionista) do movimento único que, atravessando etapas sucessivas, vem culminar em seus últimos escritos, reunidos neste volume. Como, com efeito, compreender plenamente uma obra sem reconstituir o andamento sinuoso que conduziu à sua expressão mais completa? Aquele caminhar, por vezes hesitante, que a versão final tende a obliterar,