ARENA PE E A SOCIEDADE
Os megaeventos esportivos que acontecerão no país, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, têm contribuído para o aquecimento do setor da construção civil. Em todas as doze cidades-sede definidas pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), foram necessárias a contratação de mão de obra para a construção ou reforma de estádios que receberão os jogos. No total, foram injetados R$ 6,8 bi na construção das arenas, sendo R$ 2,6 bi de investimento público, R$ 1,3 bi advindos do capital privado e R$ 2,8 bi das parcerias público-privadas.
Segundo estudo do Ministério do Esporte, só a Copa vai gerar 330 mil empregos permanentes e 380 mil temporários. Em Pernambuco, a Arena da Copa é só o começo da geração de empregos. A obra conta com 5.000 trabalhadores, sendo 3.200 moradores de São Lourenço da Mata. Mas ainda terá a construção de shoppings, centros comerciais, escritórios e residenciais, o que garantirá emprego e capacitação por vários anos. Existem vários fatores que podem afugentar e prejudicar os trabalhadores de grandes obras: as condições de trabalho impostas. Em vários outros estados, obras da copa foram paralisadas devido às péssimas condições de trabalho e sociais. Aumento salarial, plano de saúde familiar, revisão do valor da cesta básica e melhores condições de trabalho. Essas foram as reivindicações que levaram os trabalhadores da construção civil a cruzarem os braços em oito das 12 obras das arenas para a Copa de 2014. Entretanto com boas condições de trabalho, remuneração justa, direitos assegurados e capacitação, a procura por emprego sobe drasticamente. Ser trabalhador garante mais dignidade as pessoas, gera um maior nível cultural e intelecto, ajudando a eliminar uma grande parte