Area hospitalar

1 INTRODUÇÃO

Os cuidados às pessoas portadoras de transtornos mentais estão sendo revistos e construídos para dar uma valorização aos pacientes, com objetivos e estratégias de questionar a maneira desse cuidar dentro dos manicômios, do modelo clássico que afasta o individuo completamente do meio social (ROSA, 2003).
Com trabalho e busca de cidadania do paciente com transtorno mental estão sendo construídas várias estratégias juntamente com políticas públicas para garantir direitos das pessoas que tem algum tipo de sofrimento psíquico e assim buscando práticas e saberes, tendo como seu maior foco a busca de identidade do individuo, o resgate da sua história de vida, adentrando a alguns caminhos, seja eles sociais, políticos, econômicos e culturais.
Sendo assim, vêm ocorrendo muitas discussões sobre as questões de saúde de uma maneira geral, e no que diz respeito à saúde mental surge o movimento por uma Reforma Sanitária, de forma que essa reorganize o atendimento à saúde da população. Paralelo a isso se desenvolve o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental, trazendo a discussão da Reforma Sanitária para o campo da Saúde Mental (AMARANTE, 1996).
Como encaminhamento da VIII Conferência Nacional de Saúde, acontece em 1987 a I Conferência Nacional de Saúde Mental, tendo como tema principal a discussão sobre cidadania e doença mental. Tal evento representou o fim da trajetória sanitarista de transformar apenas o sistema de saúde e o início da trajetória de desconstruir no cotidiano das instituições e da sociedade as maneiras enraizadas de lidar com a loucura, isso é a chamada desinstitucionalização (BRASIL, Ministério da saúde, 2002).
A proposta de uma Reforma Psiquiátrica tenta principalmente discutir a reestruturação da atenção à saúde mental, entendendo a palavra “atenção” em seu sentido mais amplo, não somente se prendendo ao atendimento feito nos hospitais psiquiátricos.
Então, em 1989 o Deputado Paulo Delgado lança um Projeto de Lei (Projeto de Lei nº