Arcadismo no Brasil
O Arcadismo – Contexto histórico
O Arcadismo, também denominado Neoclassicismo, representou um importante estilo de época, manifestado no cenário artístico mundial.
O Arcadismo desenvolveu-se no Brasil do século XVIII e se prendeu ao Estado de Minas Gerais, onde se havia descoberto o ouro, fato que marcou o local como centro econômico e, portanto, cultural da colônia portuguesa.
No apogeu da produção aurífera, entre as 1740 e 1760, Vila Rica (hoje Ouro Preto) e o Rio de Janeiro substituíram a cidade de Salvador como os dois polos da produção e divulgação de ideias.
Os ideais do Iluminismo francês eram trazidos da Europa pelos poucos membros da burguesia letrada brasileira – juristas formados em Coimbra, padres, comerciantes e militares.
O Arcadismo terminou em 1836, no Brasil, e abriu as portas para o Romantismo.
Características do Arcadismo no Brasil. A ARCÁDIA Lusitana tinha por lema a frase latina, Inutilia Truncat: “acaba-se com as inutilidades”, o que vai caracterizar todo o arcadismo. Visavam com isto truncar os exageros, o rebuscamento a extravagância cometidos pelo Barroco, retornando a uma literatura simples.
Inspirados na frase de Horácio, Fugere Urbem: “fugir da cidade” e levados pela teoria de Rousseau acerca do “bom selvagem”, os árcades voltam- se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólicas, pastoril. É a procura do locus amoenus, de refúgio ameno em oposição aos centros urbanos monárquicos; a luta do burguês culto contra a aristocracia se manifesta pela busca da natureza.
Cumpre salientar que este objeto configurava apenas um estado de espírito, uma posição política e ideológica, uma vez que todos os árcades viviam nos centros urbanos e, burgueses que eram, lá estavam seus interesses econômicos. Isto justifica falar-se em fingimento poético no arcadismo fato que transparece no uso dos pseudônimos pastoris.
Alguns autores destacados desse momento são Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio