Aquisicoes
Era esse o mantra das grandes empresas do setor de tecnologia nos anos 90, época em que esse segmento da indústria experimentava um crescimento extraordinário. As inovações pipocavam a uma velocidade tal que até mesmo empresas líderes de mercado, como a Cisco, não conseguiam manter-se atualizadas com os avanços mais recentes. Diante da possibilidade de serem tragadas pela concorrência, essas empresas começaram a comprar as pequenas — bem como suas promissoras tecnologias, ainda que não as tivessem testado — para não perder o primeiro lugar. Durante um certo tempo, a estratégia pareceu boa ou, pelo menos, teve grande aceitação. Foram gastos 3,5 trilhões de dólares em aquisições entre 1992 e 2000, o que fez desses oito anos o período de maior atividade em fusões e aquisições de toda a história. Por fim, a bolha de tecnologia estourou e as atividades de fusão e aquisição chegaram ao fim abruptamente. A Cisco, líder em aquisições, que comprou 70 empresas entre 1992 e 2000, comprou apenas duas em 2001. Ficou claro que enquanto algumas aquisições propiciavam aos compradores alguns benefícios, muitas não foram capazes de gerar o valor pretendido. Saikat Chaudhuri acredita que sabe a razão disso. Sua pesquisa é bastante oportuna, dado o crescimento recente das atividades de fusões e aquisições no setor de tecnologia e de indústrias impulsionadas pela inovação. Empresas que antes compravam irrefletidamente, diz Chaudhuri, logo perceberam que embora fosse fácil adquirir tecnologias, fazer com que valessem a pena, porém, não era nada fácil. O fato é que os pesquisadores que se debruçaram sobre os processos de F&A em setores de tecnologia há tempos perceberam que os desafios das aquisições bem-sucedidas não são pequenos, bem como os desafios de integração posteriores à aquisição. Contudo, suas pesquisas mostram também que a estratégia de aquisição de empresas jovens, cujo desenvolvimento