Aquecimento global
Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007, elaborado sob os auspícios da Organização Meteorológica Mundial e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e que representa a síntese científica mais ampla e atual sobre o assunto, a temperatura na superfície terrestre aumentou em média 0,76°C entre 1850 e 2005, com uma faixa de variação regional entre 0,57ºC e 0,96ºC.[3]
A maior parte do aumento de temperatura observado foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, emitidos por atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação. Esses gases atuam obstruindo a dissipação do calor terrestre no espaço.[4] O escurecimento global, uma consequência do aumento das concentrações de aerossois atmosféricos, que bloqueiam parte da radiação solar antes que esta atinja a superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos do aquecimento induzido pelos gases do efeito de estufa.[5]
Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície provavelmente aumentarão de 1,1 a 4,6°C até o ano 2100. A variação dos valores reflete o uso de diferentes cenários de emissão futura de gases estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de a maioria dos estudos ter seu foco no período até 2100, o aquecimento e suas consequências devem continuar por vários séculos, mesmo que as concentrações de gases estufa se estabilizem nos níveis atuais.[5]
O aumento nas temperaturas globais desencadeia outras alterações nos sistemas da