aquecimento global
Homem, o principal vilão do aquecimento global
A emissão de gases do efeito estufa pelo homem é o principal responsável pelo aquecimento global. O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), órgão das Nações Unidas, prevê, em uma hipótese considerada conservadora, um aumento de três graus na temperatura global nos próximos 100 anos. Mas pode chegar a seis graus se houver uma emissão indiscriminada de poluentes nesse período. Se o globo estivesse sujeito apenas às causas naturais, o aquecimento nesse período seria de apenas 1,5 grau.
Mesmo assim, um pequeno grupo de cientistas ainda nega a importância do homem nesse processo, que teria por mola propulsora outras contingências do universo, como as oscilações típicas na radiação solar. Essa visão é questionada por organismos de estudo internacionais vinculados ao IPCC.
“Quem aponta como mais importantes as causas naturais, esquece que o homem aquece a terra de forma muito mais rápida e intensa do que a natureza, que demora milhões de anos para atingir as mesmas taxas de aumento de temperatura”, diz Pedro Leite da Silva Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
O Protocolo de Kyoto, tratado internacional discutido no Japão em 1997, é a maior comprovação desse consenso. Por meio desse documento, ratificado em 1999 pelos países signatários – menos os Estados Unidos e Austrália –, os governantes, junto dos pesquisadores, mostraram ter ciência do problema e da parcela de culpa humana. Tanto que se comprometeram a reduzir em 5,2% a emissão de gases poluentes até 2012, segundo parâmetros de 1990.
O presidente dos EUA, George Bush, contrariando a comunidade científica americana, disse que o país ainda não estava preparado economicamente para atingir essa meta. Um péssimo exemplo. “Tanto é assim que existe uma forte pressão dos próprios cientistas americanos no Senado e na Câmara para que as