Apresentção oral ensaio sobre a cegueira

Biografia do Autor
José de Sousa Saramago (16 de Novembro de 1922 — 18 de Junho de 2010). Filho e neto de camponeses sem terra, José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo. Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele não perfizera ainda dois anos de idade. A maior parte da sua vida foi passada na capital. Fez estudos secundários que, por dificuldades económicas, não pôde prosseguir. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas outras profissões: desenhador, funcionário da saúde e da providência social, tradutor, editor, jornalista, crítico e diretor literário ecomentador político.
A partir de 1976 passou a viver apenas do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Em 1998 foi-lhe atribuído o prémio Nobel da Literatura. Esteve casado com Pilar del Río até à sua morte.

Assunto que trata a Obra: “Ensaio Sobre a Cegueira”

Neste livro, Saramago aborda o tema da cegueira de uma forma metafórica, sendo esta a metáfora principal, conseguindo traduzir os sentimentos das personagens de uma forma muito verdadeira e real. O livro chega a ser agonizante, cruel, chocante e sufocante, de tão intensos que são os relatos. Os ambientes são antagónicos à cegueira que é descrita no livro: soturnos, negros, decadentes e tristes, enquanto que esta cegueira não é comum, física ou literal. O mal-branco, como lhe chama o autor é, acima de tudo, o mal da alma, a cegueira do espírito e daqueles que vêem.
A cegueira é a metáfora da desumanização e da indignidade do Homem. Com ela, irrompem os demónios e os monstros apocalípticos: a fome, a violência, a crueldade, a bestialidade…O manicómio desactivado onde estão encerrados os cegos e os contaminados é a metáfora dos campos da morte da nossa excruciante memória histórica contemporânea. A sujidade nauseabunda dos corpos, das camaratas, dos corredores e das sentinas do manicómio e o cheiro pestilencial que envolve e mortalmente abafa toda a