APOSTILA RESUMIDA DA EMBASA
Sistemas Urbanos de Esgoto
HISTÓRICO
A evolução dos conhecimentos científicos, principalmente na área de saúde pública, tornou imprescindível a necessidade de canalizar as vazões de esgoto de origem doméstica. Os reformadores e os engenheiros hidráulicos (1842) propuseram, então, a reforma radical do sistema sanitário, separando rigorosamente a água potável da água servida: os esgotos abertos seriam substituídos por encanamentos subterrâneos, feitos de cerâmica durável.
Funcionários da prefeitura de Paris já haviam começado a projetar esgotos no começo do século XIX para proteger seus cidadãos de cólera. A solução indicada foi canalizar obrigatoriamente os efluentes domésticos e industriais para as galerias de águas pluviais existentes, originando, assim, o denominado Sistema Unitário de Esgotos, onde todas os esgotos eram reunidos em uma só canalização e lançados nos rios e lagos receptores.
No início do século XIX, a construção dos sistemas unitários propagou-se pelas principais cidades do mundo na época, entre elas, Londres, Paris, Amsterdam, Hamburgo, Viena, Chicago, Buenos Aires, etc. No realidade métodos de disposição de esgoto não melhoraram até os anos 1840 quando o primeiro esgoto moderno foi construído em Hamburgo, Alemanha. Era moderno no sentido de que foram conectadas ligações individuais das casas a um sistema coletor público de esgotos. O sistema caracterizou-se também porque os trechos coletores iniciais de esgotos sanitários eram separados das galerias de esgotos pluviais.
Epidemias de cólera que assolaram a Inglaterra e outros países europeus até os anos 1850. Efetivamente Londres só teve um sistema de esgotos considerado eficiente a partir de 1859. No entanto, a evolução tecnológica nas nações mais adiantadas, como a Inglaterra por exemplo, e a necessidade do intercâmbio comercial, forçava a instalação de medidas sanitárias eficientes por todos o planeta, pois a proliferação de pestes e doenças contagiosas em cidades