Apontamentos sobre as obras de Garcia de Resende e Luís Vaz de Camões relativamente à história de Inês de Castro

1775 palavras 8 páginas
Fortuna Literária do tema inesiano em Portugal

Fernão Lopes (?) (1380 – 1460) – Chronica del Rey D. Pedro I (reproduzida pelo Padre José Pereira Bayam em 1735) – Capítulos 29, 30 e 31.
Garcia de Resende (1516) – Trovas à Morte de Inês de Castro (A primeira aparição de uma obra literária referente particularmente a D. Inês de Castro).
António Ferreira (1587) – A Castro – Como “A tragédia”. No entanto, este não é o título original. É uma forma abreviada de “Tragédia muy sentida e elegante de D. Inês de Castro”.
Luís Vaz de Camões (publicada pela primeira vez em 1572) – Os Lusíadas – Estrofes 120 a 135 do Canto III (obra a qual foi de maior influência na literatura a respeito da história de Inês de Castro).
Os Lusíadas:
O Episódio de Inês de Castro encontra-se no Canto III
O Episódio tem lugar no seguimento do Episódio de Afonso IV, pai de D. Pedro I.
É introduzido pela estrofe 118 na qual está a ser acusado D. Afonso IV de ter ordenado o homicídio daquela que «”Despois” de ser morta foi Rainha».
Vai da estrofe 120 à estrofe 135.
Fala-se:
(1º Estrofe) Da beleza de Inês, de como ela era linda nos campos do Mondego.O Mondego banha a cidade de Coimbra na qual foi degolada D. Inês no Mosteiro de Santa Clara. Os claustros do Mosteiro eram abastecidos por um cano de água vindo da antiga Quinta do Pombal (actual Quinta das Lágrimas).
(2ª Estrofe) Dos tempos felizes e memórias alegres da vida que ela levava junto do Príncipe cujos olhos sempre traziam a imagem e lembranças de Dona Inês. Da rejeição de D. Pedro I ao casamento com outras belas senhoras e Princesas do reino.
(3ª Estrofe) Da necessidade de matar D. Inês porque esta tira a D. Afonso IV o seu filho e linhagem legítima (D. Pedro I teve um filho legitimo com D. Constança que veio a morrer após ter dado à luz D. Fernando, mas este tinha uma saúde frágil em criança, o que poderia causar as preocupações de Afonso IV acrescentadas ao “murmurar do povo e a fantasia/do filho, que casar-se não queria”).

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