Apl 1.2
A.P.L. 1.2
Será necessária uma força para que um corpo se mova?
Questão-problema
Dois alunos discutem: um diz que é preciso aplicar constantemente uma força a um corpo para que este se mantenha em movimento; o outro afirma que a resultante de forças que atuam sobre um corpo pode ser nula e continuar em movimento. Quem tem razão?
Objetivos
O objetivo desta atividade prática laboratorial é o de verificar qual dos dois alunos tem razão. Eles discutem sobre se um corpo, em movimento devido à aplicação de uma força, permanecerá ou não em movimento caso essa força deixar de ser exercida.
Fundamentação teórica
Aristóteles, grande pensador da Grécia antiga, desenvolveu uma teoria que explicava que o Universo se dividia em dois mundos, o primeiro que englobava toda a matéria ao nosso alcance, no qual todos os corpos eram formados por uma mistura variável de quatro elementos, terra, água, ar e fogo. O outro mundo que era composto por tudo o que existia acima da Lua, seria formado por um quinto elemento, o éter.
Aristóteles considerava que o movimento natural de um objeto terrestre seria determinado pela tendência do elemento mais abundante na sua constituição. Desta forma qualquer corpo, cujo elemento mais abundante fosse a terra, ou a água, possuiria um movimento natural para baixo e cujo elemento mais abundante fosse o fogo, ou o ar, possuiria um movimento natural para cima.
Qualquer outro movimento de um objeto que não fosse queda retilínea em direção à Terra não seria natural, tendo sido provocado por uma força exterior, que quando deixasse de se exercer diretamente no corpo, estaria a ser exercida no ar circundante, o que explica que um corpo permaneça em movimento quando não lhe está a ser aplicada qualquer força.
Aristoteles também considerava que a velocidade de um corpo em queda livre seria proporcional ao seu peso, ideia esta que mais tarde veio a ser posta de porte por Galileu.
Galileu, matemático e astrónomo