Análisedos impactosdosmodelos tradicionais de gestão na saude mental do trabalhador

4444 palavras 18 páginas
ISSN: 2175-3997

Análise dos Impactos dos Modelos Tradicionais de Gestão na Saúde Mental do Trabalhador
Leônia Maria Santiago Cavalcante leoniam@yahoo.com.br Sueli Maria de Araújo Cavalcante suelicavalcante@ufc.br

RESUMO Este artigo faz uma análise sobre as características dos modelos tradicionais de gestão e suas repercussões na saúde mental do trabalhador. Chama atenção para o fato dos mesmos desconsiderarem os aspectos subjetivos na relação homem x trabalho x organização, o que consequentemente afeta o bem-estar físico, emocional e social dos indivíduos, gerando sofrimento psíquico, e podendo resultar em prejuízos no desempenho de suas atividades. Partindo-se deste pressuposto, aborda o conceito de saúde mental, identificando os fatores no ambiente de trabalho que afetam a sensação de bem-estar do trabalhador, empreendendo uma investigação exploratória sobre como essas diversas práticas de gestão tradicionais e suas características de organização do trabalho podem se relacionar ao processo saúde-doença dos trabalhadores. Conclui que os estilos de gestão tradicionais marcados pela racionalidade e visão tecnoburocrática comprometem a saúde mental do trabalhador. Sugere, portanto, que as práticas administrativas modernas estimulem a autonomia, criatividade e participação, na certeza de que desenvolverão indivíduos saudáveis e comprometidos com os objetivos organizacionais. Palavras-chave: Organização do trabalho, Modelos tradicionais de Gestão, Saúde Mental.

INTRODUÇÃO Durante muito tempo, as práticas tradicionais administrativas consideraram o trabalho uma atividade mecânica desvinculada de prazer. Com essa visão, acreditavam que a supervisão, o controle e as recompensas materiais seriam os únicos fatores motivadores do

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comportamento do individuo no trabalho. Buscavam, a todo custo, maximizar a eficiência organizacional através das tarefas (Taylor), das estruturas (Fayol) e da organização racionalística (Weber), substituindo o empirismo por

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