Análise ética do filme: “voltando a viver”
Baseado numa história verídica, VOLTANDO A VIVER mostra a vida de um marinheiro de temperamento explosivo, Antwone Fisher (DEREK LUKE), que recebeu ordens para consultar um psiquiatra, o Dr. Jerome Davenport (DENZEL WASHINGTON), caso contrário teria de deixar a Marinha. Mal sabia ele que este primeiro passo em direção ao consultório médico o conduziria numa jornada para casa. Com o apoio do médico, que acaba sendo como um pai para ele - mais do que qualquer pessoa já foi -, e da mulher Cheryl (JOY BRYANT) com quem aprende a amar, ele encontra coragem para parar de brigar, enfrentar seu passado de maus-tratos e começar a se curar. Só então ele consegue procurar a família que nunca chegou a conhecer.
Análise Ética:
Vale retomar, antes de qualquer coisa, a diferenciação entre moral e ética. Moral diz respeito à instancia do código, conjunto de valores, crenças, representações, rituais, preceitos, hábitos e costumes que uma coletividade constrói e reconhece como legitima para si, mas que se transforma no tempo. Ética, no entanto, implica na relação que o sujeito estabelece com o código moral, e a missão primordial de um código de ética profissional é assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social da categoria.
Pensando no filme proposto, podemos refletir acerca da relação terapeuta - paciente que se estabelece. O marinheiro Antwone Fisher é encaminhado ao psiquiatra por seu comportamento agressivo, mas reluta em se abrir com o terapeuta, ficando em silêncio por varias sessões. A atitude do terapeuta em acolher tal silêncio pode ser considera ética, já que ser trabalho foi baseado “no respeito e na promoção da liberdade (...)” (Código de Ética, Princípio Fundamental I, pág 62), liberdade esta de permanecer calado. Como está prestando um serviço para a Marinha, e assim deve fazer uma recomendação para o oficial em três sessões sob a conduta