Análise: "O Infame Comércio: Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850)” cap. 2 e 3, Jaime Rodrigues

Trabalho de Formação Histórica do Brasil

Textos
“O Infame Comércio: Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850)” cap. 2 e 3, Jaime Rodrigues
“A escravidão” §3º e 4º, Joaquim Nabuco

Parte 1

• Contextualização da Obra
O livro “O Infame Comércio: Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850)” foi publicado em 2000 pela Editora da Unicamp, sendo este inicialmente uma dissertação de Mestrado do próprio autor, feita em 1994, composto de 238 páginas.
• Contextualização do Autor
Jaime Rodrigues é bacharel e licenciado em história pela USP e mestre e doutor em história social pela Unicamp, atua na área de pesquisa.
• Análise da Obra
Palavras-chave: escravidão; tráfico; tratados internacionais; pressão inglesa; soberania.
Resumo: No segundo capítulo, o objeto é o debate do problema nos centros decisórios da política nacional. Nele, elimina-se o mito de que o fim do tráfico atlântico fosse uma fase previsível e necessária no projeto maior de terminar com a escravidão. Em outras palavras, o tal ''gradualismo'' na ação política que deu fim ao regime escravista não foi uma política seguida a risco pela elite dirigente do Estado. Assim, o núcleo decisório que decretou o fim definitivo do comércio negreiro transatlântico não raciocinava, ao emitir a lei de 1850, no fim da instituição escravista, que ainda era vista como indispensável ao país.
O capítulo seguinte toca num ponto vital: a pressão diplomática e militar da maior potência militar da época, a Inglaterra, e seus reflexos no discurso da elite parlamentar. Uma lacuna importante para o entendimento deste processo, é a questão das motivações geopolíticas da Grã-Bretanha ao apostar pesado na solução militar do problema. Analisa-se o debate no parlamento na época, principalmente nas tentativas dos conservadores em fazer da ''honra'' e da ''dignidade nacional'', ''degradados'' pela ''prepotência'' britânica, o eixo fundamental