Análise sobre o Filme "O Senhor das Armas"
TRABALHO SOBRE O FILME ”O SENHOR DAS ARMAS” SOB A ÓTICA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
“E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte morrida ou foi matada?
Até que não foi morrida, irmão das almas, esta foi morte matada, numa emboscada.”
Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)
Alunos: Ana Paula L. Cavalcante
Célio R. C. Barguil
FORTALEZA - 2013
SOBRE O FILME
O filme “O Senhor das Armas”, protagonizado brilhantemente pelo ator Nicolas Cage, é uma crítica ácida à sociedade de consumo, bem como à banalização da violência. O protagonista (Yuri Orlov) se coloca à margem e distante da violência que presencia, ignorando o fato de ser o principal agente impulsionador de tantas mortes e conflitos. De maneira cínica e por vezes irônica, desdenha do sofrimento alheio, tentando sempre se manter a uma segura distância para que aquela violência não o atinja. O objetivo maior é viver uma vida de sonhos, com a mulher ideal, uma casa esplendorosa e um filho bem nascido, não importando o que tenha que fazer para alcançar aquilo que considera uma necessidade.
O tráfico internacional de armas, da forma como o diretor tentou mostrar, é uma ciranda onde poucos detém o poder sobre a vida de muitos. Ganha quem chega primeiro, quem tem o “feeling” de perceber imediatamente nuances e mudanças de contexto na política internacional dos países bélicos. A queda da União Soviética e do Muro de Berlim são fatos históricos que se destacam e desencadeiam uma corrida armamentista, onde URSS e Alemanha Oriental tem seus arsenais saqueados por homens como Yuri Orlov e oficiais em busca de dinheiro fácil.
Conflitos espalhados pelos quatro cantos do planeta fomentam o comércio ilegal e dão mote à trama do filme, destacando-se as inúmeras guerras responsáveis por um verdadeiro banho de sangue na África e América do Sul. Crianças, mulheres e idosos não são poupados. As balas vendidas pelo protagonista não tem nome, porém