Análise sobre a Historiografia do Imperialismo - de Ramon Vilarino
Imperialismo, nacionalismo e militarismo no Século XXI
14 a 17 de setembro de 2010, Londrina, UEL
GT 4. Imperialismo, nacionalismo e militarismo na América Latina
Imperialismo e subimperialismo na
América do Sul:
Sul:
os casos Malvinas e Roboré
Ramon Casas Vilarino1
No capitalismo contemporâneo, o petróleo tem ganhado importância cada vez maior, tendo sido responsável pela deflagração de inúmeras guerras e conflitos que opuseram nações e povos. Não é à toa que quando sua exploração está em causa, paixões afloram e sentimentos nacionalistas, de defesa da soberania da pátria e das riquezas naturais são reanimados e entram em campo para combater o usurpador, identificado com o imperialismo e visto como responsável pela pobreza do país.
Assistimos a esse filme recentemente, por conta das tensões entre
Brasil e Bolívia, e agora com a disputa das Ilhas Malvinas. Neste último, em fevereiro, o governo da presidente Cristina Kirchner reacendeu o debate em torno do direito de posse das ilhas localizadas ao sul do território argentino.
Após quase trinta anos do conflito envolvendo Argentina e Inglaterra, desta vez a gota d´água foi o envio por parte dos britânicos de plataforma e equipamentos para extração de petróleo nos arredores das Ilhas Malvinas ou
Falkland Islands, como preferem chamar. Líderes políticos dos países latinoamericanos, reunidos em fevereiro na Cúpula da América Latina e Caribe
1 Mestre em História e Doutor em Ciências Sociais: Política pela PUC-SP; professor do Instituto Sumaré de Educação Superior (ISES). End. eletrônico: ramoncv@ig.com.br
GT 4. Imperialismo, nacionalismo e militarismo na América Latina
40
em Cancún, deram apoio à demanda argentina, e a ONU foi convidada a tomar parte nas discussões a fim de chegar-se a um consenso, muito difícil em questões dessa natureza. Para entender melhor essa discussão, é preciso voltar no tempo e