Análise Semiótica sobre The Legend of Korra

Uma Análise Semiótica de The Legend of Korra

Por:
Filippe Pimenta
E
Matheus Ferre

1 – Introdução
Este trabalho é uma análise sob à luz da semiótica francesa greimasiana acerca do seriado animado The Legend of Korra, onde serão vistos os aspectos de cada personagem, como se desenvolvem, seu plano narrativo e a sua mudança temáticofigurativa no âmbito da semântica discursiva.

1.1 – O que é bending
De acordo com a série, bending é uma arte milenar que é passada de geração em geração através dos ensinamentos de um mestre a um pupilo. Existem quatro variações dessa arte, cada uma para um dos elementos, baseadas em um estilo diferente da luta chinesa Kung Fu. Foi feita uma pesquisa por parte dos criadores da série e foram combinados os estilos de acordo com a “personalidade” dos elementos. O controle da água, ou waterbending, é baseado no Tai Chi Chuan, uma luta que possui movimentos elegantes, fluidos e leves, e, de acordo com Sifu Kisu, consultor de artes marciais da série, se encaixa perfeitamente com a água e como eles gostariam de retratar o elemento. O controle exercido sobre a terra, ou earthbending, tem suas bases no estilo firme Garra de Tigre. Os movimentos deste estilo são fortes, rijos, direcionados e consiste em muita respiração e na base do lutador. A manipulação do fogo, firebending, tem seus movimentos retirados do Xiaolin do Norte, o estilo mais agressivo do Kung
Fu. E por último o controle do ar, airbending, foi criado em cima do BaGuaZhang, um estilo basicamente defensivo, que tende a desviar de seus oponentes, sempre em movimentos circulares.
A escolha dos estilos de Kung Fu para cada elemento tem muito a ver com a
“personalidade” de cada um dos elementos. Deixando de lado os três primeiros elementos, atemo-nos ao ar. De acordo com a série, o ar é o elemento da liberdade, os monges que viviam nos templos e desenvolveram airbending buscavam a iluminação espiritual, ao invés das posses mundanas. O ar é o oposto da