Análise do texto literário: ensaio sobre a cegueira

O livro Ensaio Sobre a Cegueira foi escrito pelo autor José de Sousa Saramago. Saramago nasceu em 1922 na aldeia de Azinhaga, sul de Portugal, em uma família de camponeses, viveu grande parte de sua vida em Lisboa e morreu em 2010, em Lanzarote, Ilhas Canárias. O escritor foi o primeiro autor da língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1988, e também ganhou o importante Prêmio Camões. Este livro começa com a cegueira repentina de um motorista de taxi parado no sinal, a luz verde acende, mas seu carro não se move. Atrás dele ouvem-se as buzinas que anunciam a confusão que estará por vir ao decorrer do livro. O homem dentro do carro afirma que está cego de uma cegueira branca, luminosa, como se ele estivesse mergulhando de olhos abertos num “mar de leite”, apesar disso, seus olhos aparentam normalidade. Com o desespero do homem, Saramago tenta mostrar a reação humana às necessidades e à incapacidade. A cegueira contagia a todos que entram em contato com o homem, e então essas pessoas passam para outras, criando uma epidemia. No início os primeiros contagiadas são colocadas em quarentena, porém chega a um ponto em que o mundo todo é infectado. A história gira em torno desse primeiro grupo, em que uma mulher ainda consegue enxergar. Os principais personagens são o médico e sua mulher; a protagonista que ainda vê, o primeiro cego e sua esposa, a rapariga de óculos escuros, o velho com a venda no olho e o menino estrábico, ainda assim outros personagens secundários vão aparecendo durante o ensaio. Neste livro a cegueira é considerada a antagonista. O autor que é onisciente e onipresente, ou seja, que sabe tudo e está em todos os lugares, não descreve seus personagens pelo nome, e sim pelas suas características e ações, pois essas os definem, e assim passam a ser sua identidade. Tão de repente como veio, a cegueira se vai, restando apenas a contemplação do que o autor quis mostrar com a única mulher que ainda pode ver: a responsabilidade de ter