Análise do Filme Ágora (2009)
Este é outro ponto abordado no filme, a intolerância religiosa da Antiguidade, que se estendeu até a Idade Média, que resultou na destruição de um dos maiores se não o maior centro de conhecimento da Antiguidade, a biblioteca de Alexandria. Isso mostra a diferença de filosofia na idade Antiga e depois na Idade Média.
No contexto histórico de Hipátia, a filosofia se baseava na razão sem a necessidade de um Télos (Deus), isso é apresentado no filme de maneira mais clara quando Hipátia diz que a Filosofia é sua religião, ou seja, seu deus. Por conta disso foi condenada a morte. Na idade Média, os filósofos já não são como Hipátia, surgem filósofos teológicos, exemplo de Santo Agostinho na Alta Idade Média e Tomás de Aquino na Baixa Idade Média. Os dois apesar de suas diferenças de pensamento eram teólogos e filósofos e assim utilizavam a filosofia para explicar a fé de maneira racional.
Essa é a grande diferença entre os filósofos do contexto de Hipátia, que usavam a filosofia para explicar fenômenos naturais e não procuravam mistura - lá a conhecimentos teológicos, como ocorre na Idade Média.
Santo Agostinho se baseou na filosofia de Platão, porém a distorceu ao modificar algumas de suas partes para torna-lá monoteísta e cristianizada. Esse é mais um dos aspectos que diferenciam esses filósofos da Idade Média de Hipátia. A filosofia deles não se focava em explicar e estudar os fenômenos da natureza, como fazia Hipátia e outros filósofos de seu contexto, mas se focavam na explicação de textos bíblicos usando a filosofia, buscando argumentos lógicos para isso.
Pode se concluir então, que o filme apresenta a Filosofia no contexto de Hipátia e a triste destruição da Biblioteca de