Análise do filme Escritores da Liberdade (Freedom Writers)
ANÁLISE
A educação eleva no ser humano à dignidade antes roubada pela violência. A construção subjetivada dos indivíduos dentro e fora da Escola transcendem as obrigações padronizadas do sistema educacional que, muitas vezes, regula seu alunado em vez de formar pensadores para um novo mundo. Com isso, o interesse da Psicanálise nos âmbitos educacionais revela novas perspectivas para educação no que tange os processos afetivos do sujeito.
O filme Os escritores da liberdade (2007), baseado em uma história verídica, não tão distante da realidade das escolas brasileiras, alude sobre o sistema retrógrado que ainda vigora nas instituições de ensino público. Professores subermos no seu discurso politicamente correto, voltados para um ensino do século XX, beirando ao arcaico frente aos novos sujeitos à espera de uma nova Escola. Este cenário ainda presente nas instituições de ensino, sinaliza uma crise de um modelo que ainda não se curvou, ou não progrediu com a globalização e, em consequência disso, com o homem globalizado e suas novas tecnologias.
Para Alain Touraine (1998) o que se pensava sobre a Educação na modernidade, deixa a desejar na contemporaneidade. O que antes era centralizado, agora passa a ser rizomático.
Uma educação centrada na cultura e nos valores da sociedade que educa cede o lugar a uma educação que concede importância central à diversidade (histórica e cultural) e ao reconhecimento do outro, a começar pela comunicação entre rapazes e moças ou entre jovens de idades diferentes, para entender-se a todas as formas de comunicação intercultural (TOURAINE, 1998, p. 322)Assim, pode-se enxergar que os desafios enfrentados pela Professora Erin (Hilary Swank) ou Sra. G, em sala de aula, revela um desfalque social que reflete nas ações não somente dos estudantes e, sim, da própria gestão escolar e na forma como os Professores se portam dentro do seu espaço de trabalho. Pessoas marcadas pelos