Análise do filme AI
Trabalho em grupo sobre o filme A.I. – Inteligência Artificial
E os textos:
A reinvenção do cotidiano
Sobre o desejo de reconhecimento – José Newton
Nomes: Júlia Helena Aline Christina Letícia Antonelli Débora Domingues Luciana de Souza Natália Cristina
O fato de que o mundo humano esteja coberto de objetos se fundamenta em que o objeto de interesse humano é o objeto do desejo do outro… Na origem ele [o sujeito] é uma coleção incoerente de desejos … e a primeira síntese do ego é essencialmente alter ego, está alienada. Lacan, Seminário 3 (O outro e a psicose).
Se a grande questão, inicialmente destacada no filme, referia-se à capacidade de um meca amar um orga, agora a situação se inverte: será um humano capaz de amar um meca? Ao criar um robô-filho que tivesse a capacidade de amar, o cientista abriu vários precedentes, afinal, quem ficaria responsável por amar aquela “criança”? Qual a responsabilidade dos pais sobre esse “filho artificial”? Humanos seriam capazes de amar um robô? Mas o que chama a atenção é que o cientista, ao idealizar David, pensou numa característica que o tornaria único: David seria capaz de amar e sonhar. E David sonha, faz planos, projeta realizações. E o mais importante, busca realizá-los sem ser programado para fazê-lo.
O tema de reconhecimento se constrói essencialmente a partir da relação com outro (outra consciência, outro olhar, outro “espelho”). Podemos analisar o filme dessa maneira, já que o David não tinha consciência de si e do outro até ser programado para isso.
Oque nos leva a primeira cena marcante para o nosso grupo, a da Mônica programando o David para amá-la e a partir daí ele inicia um processo de conhecimento do outro e de si em relação a esse outro, uma busca pelo reconhecimento, pelo amor deste outro.
Quando o “irmão” retorna, David se sente ameaçado pela presença dele, por que