Análise do caso Cezare battisti

ANÁLISE DO CASO CESARE BATTISTI

Resumo do caso:
Cesare Battisti foi preso pela primeira vez em 1972, por furto em Frascati;
Em 1974 foi novamente preso e condenado a seis anos de prisão, por assalto a mão armada, sendo libertado em 1976, em 1977 foi preso novamente.
Na prisão de Udine, conheceu Arrigo Cavallina, ideólogo dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), que o introduz na organização, Battisti passa a viver na clandestinidade, estabelecendo-se em Milão, onde começa a militar nos PAC.
O PAC tratava-se de uma organização regional, com cerca de sessenta membros, a maior parte de origem operária, eles nunca tiveram a expressão dos Brigadas Vermelhas, que seqüestravam e matavam. Enquanto as Brigadas Vermelhas se estruturavam militarmente, os PAC eram um grupo fluido, sem hierarquia, que assaltava mais para garantir o sustento de seus familiares do que para incentivar a expropriação de capitalistas, eles reivindicavam ações subversivas na Itália.
Nos anos denominados “anos de chumbo”, período entre o final dos anos 60 e o início da década de 80, na Itália ocorreu uma turbulência política envolvendo grupos armados de extrema direita, e de extrema esquerda e o governo que através de forte repressão buscava a preservação da ordem constitucional vigente.
Em 1979 os PAC fizeram três vítimas fatais, mais de 200 grupos de extrema esquerda praticaram atentados na Itália.
Quatro assassinatos são atribuídos ao grupo, o de Antônio Santoro, um agente penitenciário, morto em Unide em 06 de junho 1978 sob alegação de maltratar prisioneiros; o de Pierluigi Torregiani, morto em Milão, em 16 de fevereiro de 1979; o de Lino Sabadin, morto em Veneza, no mesmo dia sob alegação de ser simpatizante do fascismo; e finalmente o de Andrea Campagna, agente policial que havia participado das primeiras prisões no caso Torregiani, morto em Milão. Torregiani e Sabbadin foram mortos quando reagiram a assaltos de que foram vítimas, o filho de Torregiani, na época com 13 anos,