Análise de texto "Embrutecimentopatia"

Análise Pessoal de “Embrutecimentopatia” Logo na primeira leitura desse texto, já observamos sua intenção: mostrar ao leitor que há profissionais médicos enrijecidos no seu trabalho, tirando a beleza da profissão médica. Mário César Ferreira, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, retrata em palavras uma situação que ocorre frequentemente no meio médico e merece uma análise mais profunda. Primeiramente, o autor expõe o ambiente de trabalho. Uma maternidade de conceito e com todo aparato de material e trabalhadores a postos; na minha opinião, esse é um local de trabalho muito adequado. Então entra o médico obstetra em cena. Não dá um bom-dia, conversa pouco com a paciente e já parte para perguntas delicadas sobre a gestação, até que é dado início ao parto, terminando com o nascimento do bebê e com a frase” tarefa feita”. A criança nasceu, mas o parto não foi um sucesso, ao meu ver. Esse momento é mágico e único para os pais e o médico conseguiu transformá-lo em apenas “uma tarefa”, devido ao seu embrutecimento. Não no sentido de se tornar bruto e agredir fisicamente as pessoas, mas de perder o calor, energia, alegria, vontade e tantas outras virtudes necessárias para a realização da atividade médica. Mas por que o obstetra agiu dessa forma? O autor escreve “Ele tem uma feição ansiosa; o cansaço crônico era aparente”. Essa é a chave para entender situação que Mário César quis retratar em seu texto. Não o cansaço crônico em si, mas os fatores que causam um estresse exagerado nos profissionais, o que pode levar a um quadro comum ultimamente de Síndrome de Burn-Out, onde o afetado apresenta frieza, indiferença, humor-negro, enrijecimento e até agressividade. No meio médico é muito comum, pois eles são submetido a várias horas de trabalho em condições tensas (estão com vidas em suas mãos), são sempre exigidos para obterem sucesso com os pacientes e vários outros fatores, que quando somados, sobrecarregam o médico e causam esse