Análise de "Dos cavalos da inconfidência"
Faculdade de Letras
Departamento de vernáculas
Professor: Sérgio Martagão
Aluna: Bruna Brasil DRE: 111223785
Análise do poema “dos cavalos da inconfidência” de Cecília Meireles
O poema “dos cavalos da inconfidência”, de Cecília Meireles, faz parte de uma coletânea de poemas intitulada “Romanceiro da Inconfidência”, publicada em 1953 e narra a história de Minas Gerais desde o início da colonização até a inconfidência mineira. O poema em questão – também intitulado “Romance 84” – é o penúltimo do romanceiro e, portanto, narra a inconfidência, que aconteceu em 1789 quando membros da elite mineira liderados por Tiradentes se revoltam com os abusos cometidos pela coroa portuguesa e armam um golpe que resultaria na liberdade da colônia, porém, o golpe foi mal sucedido e os inconfidentes acabaram presos, exilados e mortos, tendo como símbolo a morte de Tiradentes em praça pública.
O poema contém 7 estrofes e cada verso 8 sílabas – a autora faz usa da rima toante, ou seja, são contadas as sílabas até a sílaba tônica da última palavra de cada verso, as pós-tônicas não são contadas – e pode ser dividido em 3 partes.
A primeira parte vai da primeira à quarta estrofe e trata da vida plena dos cavalos, é o momento em que os cavalos estão em liberdade, em contato com a natureza “Eles eram muitos cavalos, ao longo dessas grandes serras, de crinas abertas ao vento, a galope entre águas e pedras..”. Essa parte representa um sonho de liberdade, os cavalos são livres e estão nas margens de grandes rios, eles carregam alferes, poetas e magistrados e levavam esperança.
A segunda parte representa a morte, nessa parte os cavalos já não são mais livres, são comparados a escravos “e alguns foram postos à venda”. A inconfidência falha e os inconfidentes são condenados. O sonho de liberdade termina e o sonho se transforma em pesadelo, concretizado com a morte do herói (Tiradentes) na quinta estrofe “levaram Alferes cortado em braços,