Análise da obra "o fetichismo na música e a regressão da audição (1938)”
Estudante de Comunicação
2012/2
Pelo seu estudo em Composição Musical, Theodor Adorno escreveu o ensaio “A Situação Social da Música” que deu origem a outros estudos nessa linha, como o texto que será discutido aqui: “O fetichismo na música e a regressão da audição (1938)”, levando em consideração os objetos comunicacionais produzidos no século XXI.
Sabe-se que o contexto econômico em que Adorno estava inserido causou grande influência no pessimismo de seu texto. O sistema global estava mudando e, com ele, o estilo de vida da sociedade, as influências e os padrões também sofreram esse impacto. A realidade estava ganhando uma “aparência” ainda não vista/vivida por Adorno; ele que era socialista, desenvolveu pesquisas sobre essa doutrina e a crítica ao capitalismo. Preocupo-se, desse modo, em entender a classe operária, que estava se instrumentalizando. O crítico defendia a ideia de que o homem, aos poucos, perde a sua emancipação, em troca ele encaixa-se na instrumentação, ou seja, aliena-se como um instrumento na indústria cultural, virando um objeto; a emancipação viria com a evolução técnica, mas o homem fez o caminho inverso, tornando-se refém das máquinas.
No período entre guerras e após a 2ª Guerra Mundial o cenário socioeconômico começou a influenciar o modo de vida dos indivíduos e na relação que as empresas e o governo tinham com o capital. Adorno vivenciou de perto esse período de mudanças, no qual os países precisaram se reerguer e fortalecer a sua economia. E o Sistema Capitalista estava ali como um forte aliado, comparado a uma mola propulsora, capaz de impulsionar tudo a evolução almejada.
Na Escola de Frankfurt alimenta-se a ideia de um indivíduo-consumidor, tornando-o um usuário. A sociedade está caminhando para um neoliberalismo de mercado, no qual tudo é negociável/ está à venda. O processo mercadológico e social apresenta-se complexo, modificando a realidade vivida até então. A informação, a partir desse momento,