Análise da obra O Cortiço e o contexto histórico da época
- Sobre o Rio de Janeiro e os cortiços do século XIX.
- Sobre O Cortiço (Análise da Obra)
Sobre o Rio de Janeiro e os cortiços do século XIX.
No século XIX, o Rio de Janeiro já passava uma grande imagem de luxo e glamour. Sua cultura e o requinte, que ilustrava todo o cenário glamouroso dessa cidade era um fator, assim como suas lojas de produtos importados e de moda européia.
população carioca tinha mais de 350.000 habitantes, aonde haviam 15.000 crianças que praticamente não estudavam e apenas 1000 moças que estudavam em colégios ingleses e franceses. As mulheres dessa época mantinham-se totalmente dependentes dos maridos
“Quando o brasileiro volta da rua, ele encontra em casa uma esposa submissa que lhe trata como uma criança mimada; ele lhe dá vestidos, jóias e diversos tipos de chapéus, mas esse mulher não é por ele associada a seus negócios nem as sua preocupações. É uma boneca com quem ele brinca quando quer e que em realidade não passa da primeira escrava da casa...” (Olendorf, Paris, 1883, p.169)
As famílias eram o centro das preocupações dos jornalistas positivistas, principalmente seus escândalos, dos quais o próprio Aluísio Azevedo se inspirou para o romance Casa de Pensão.
Porém, bem longe dali, havia o subúrbio, onde escravos e mulatos se uniam com o proletariado, ambos pobres, todos vítimas do sistema econômico e social baseado na escravidão. Outras vítimas eram os imigrantes: Italianos, portugueses, estes também viviam precariamente em cortiços, que eram vistos pela mídia da época como responsáveis pelo alastramento da febre amarela:
“ O estudo da vida nos cortiços e a estatística de seus habitantes, daria assunto por si só para lugares e observações. Dentro desta cidade em que estamos, há outras pequenas cidades que ninguém vê, a não serem pelos seus moradores. No meio de uma quadra de casas, há um pequeno portão, com um longo corredor; e no fim um pequeno pátio circundado de verdadeiros pombais onde