Análise da atual situação da ex-união soviética e as possíveis tendências para um futuro próximo.
O mundo atual é marcado por duas tendências simultâneas e antagônicas: globalização versus fragmentação. Foi esta última que imperou na União Soviética, não existente desde o final de 1991. Enquanto a maioria dos países se globalizava, ou se esforçava para isso, a antiga superpotência se fragmentava territorial, política e economicamente, sucumbindo à crise e ao nacionalismo. Em dezembro de 1991, foi criada a Comunidade de Estados Independentes (CEI), composta pela maioria das ex repúblicas soviéticas(divisão entre os socialistas tradicionais,tendo como líder Boris Yeltsen e os que aceitaram as ideologias do neo socialismo defendidas por Gorbatchev com o plano de reestruturação e abertura) . Trata-se de um aglomerado de países que mantém laços econômicos, políticos e militares. É uma tentativa incipiente de acomodar os novos países independentes, mantendo relações de cooperação, embora sob a hegemonia da Rússia, que, na prática, substituiu a União Soviética no cenário internacional.
O novo quadro instaurado na URSS apresenta três diferentes tendências, estando estas alinhavados pelos últimos acontecimentos internacionais, sobretudo os acontecimentos no antigo continente europeu.
A 1ª possibilidade é a de que a URSS venha a integrar a Comunidade Econômica Europeia (CEE). Isto acarretaria a hegemonização do bloco europeu sobre o restante do mundo capitalista — tendo à frente a Alemanha Unificada. Com isto, pode-se, prever a proletarização intensa do povo soviético. No decorrer deste processo é possível que a URSS se transforme no grande foco de ressurgimento do movimento comunista ao nível internacional, logo após a onda de avanço da contra revolução capitalista mundial. Abriria, assim, num nível superior, um novo período de luta pelo Socialismo, onde os comunistas soviéticos, juntamente com os neocomunistas europeus, estariam em condições de implantar a