Análise comparativa entre um soneto de bocage e um soneto de claudio manuel da costa

Universidade Federal de Alagoas – Ufal
Faculdade de Letras – Fale
Literatura em Língua Portuguesa I
Docente: Profª Drª Susana Souto
Discente: Wanderson Queiroz Bonfim

Análise comparativa entre o soneto “Desenganado do amor e da fortuna” de autoria de Manuel Du Bocage & “Leia a posteridade, ó pátrio Rio, ...” de autoria de Cláudio Manuel da Costa.

O presente trabalho foi elaborado para a obtenção da nota do segundo bimestre da disciplina Literatura em Língua Portuguesa 1. Requisitado pela professora doutora Susana Souto.

Maceió/ Al
2011
As condições de produção dos textos árcades são muitos semelhantes às do Barroco. Porém, os poetas árcades se reuniam em academias que eram as chamadas arcádias; o que diferencia as academias barrocas das arcádias é que estas não tinham o objetivo de surpreender e até espantar por meio de rebuscamentos. Tal característica pode ser comprovada nas artes barrocas.
O marco maior na produção árcade brasileira é o fato de a maioria dos poetas daquela época se engajar no contexto político vigente daquela época. Tais movimentos levaram poetas como Cláudio Manuel da Costa, Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga a se envolverem com a Inconfidência Mineira. Devido a este fato, muitos dos acontecimentos daquela época foram reproduzidos em suas obras.
Os textos árcades são simples e devido a essa característica eles ganharam mais repercussões do que os textos barrocos, pois estes eram escritos em sua maioria para si mesmo. E a intenção do arcadismo era divulgar as ideias iluministas – a harmonia entre a razão e a ciência – para o maior número de leitores. O arcadismo rompe com a artificialidade verbal que era uma das características do barroco.
Outra característica dos textos árcades era o resgate de temas clássicos – gregos e latinos – que expressam filosofia de vida. Segundo Abourre e Pontara (2008) um dos temas mais conhecido é o carpe diem, “que trata da passagem do tempo como algo que traz a velhice, a fragilidade e