Análise cap. 11 e 12 do livro: a baixada santista
Nos capítulos 11 e 12, José Ribeiro de Araujo Filho descreve de forma detalhada a expansão urbana na baixada santista, e com essa expansão, as áreas economicamente funcionais que se formaram e sua divisão neste espaço específico. Sua narrativa começa, no capítulo 11, abordando principalmente os aspectos físicos da região ao explicar que em decorrência dos solos pobres e alagáveis, a baixada santista teve seu desenvolvimento estagnado durante pelo menos três séculos, já que neste período, o que impulsionava nossa economia era o plantio em larga escala de cana-de-açucar. Ele também determina que o solo da região é arenoso e que as encostas são muito ingremes, o que inviabiliza esse tipo de cultivo, pelo menos em escalas maiores. O autor continua sua tese explicando porque no final do século XIX, início do século XX, houve um grande desenvolvimento urbanístico, principalmente em Santos. Neste ponto o autor utiliza mais os aspectos humanos, ao justificar este crescimento pela construção do porto de Santos e principalmente da ferrovia Santos-Jundiaí, primeira ferrovia do Brasil, financiada pelo capital dos Barões do café e construída pelos Ingleses, que possibilitou a ligação posterior do porto de Santos com todo o Oeste Paulista, e consequentemente o escoamento dessas safras de café para exportação, o que abriu novas e grandes possibilidades comerciais para toda área do entorno deste porto. Por fim, no capítulo 12, o autor aborda tanto aspectos econômicos quanto sociológicos ao destinguir a multiplicidade de Santos e suas funções e diferenciar suas áreas em: Área do Porto, área comercial, área do alto comércio do café, área do comércio selecionado e área residencial\turística. Neste capítulo o autor também destaca o movimento populacional que ocorreu com o crescimento da região e como esta população se