Solos e ensino: a proposta dos livros didáticos de geografia e dos parâmetros curriculares nacionais
O tema solo deve ser apresentado nas séries iniciais do ensino fundamental I, pois é nesse período que as crianças estão abertas a novos conteúdos e descobertas. Nas séries seguintes vai se introduzindo o assunto fazendo com que os alunos adquiram conhecimento sobre solo e os demais fatores coligados.
As metodologias e materiais pedagógicos são deficitários, o que se vê em geral é que os professores utilizam o livro didático como único recurso em sala de aula para lidar com o assunto, sendo livros ultrapassados, com conceitos e conteúdos fechados, não levam em consideração a realidade de onde vivem os alunos, o que impede um debate crítico sobre o tema.
No ensino fundamental houve alguns avanços no conceito de cobertura pedológica trazendo ao aluno uma leitura de suas características e da paisagem em sua totalidade.
Já na análise dos livros didáticos para 5º série de escolas estaduais e municipais de São Paulo observou-se falhas na apresentação, nos conceitos, com linguagem confusa e em muitos casos os livros são traduzidos de países da Europa e América do Norte onde o solo é diferente ao brasileiro. Constatou-se ainda equívocos nas definições de características do solo e com conteúdos de pouco entendimento, o que leva ao aluno a não reconhecer a real importância enquanto elemento da paisagem.
Neste texto avaliou-se também os PCN “S do 3º e 4º ciclo e o que se percebeu foi limitações no enfoque ao tema “solo” além de estar restrito a disciplina de geografia, enquanto o correto seria apresentá-lo ao aluno de forma interdisciplinar.
Nos PCN”S de Geografia nota-se que a proposta não permite ao aluno bases importantes sobre solo. Nos PCN”S de Ciências Naturais existe maior discussão sobre o tema “Solo” e as consequências desse processo.
Na análise do livro didático do 6° ao 9° ano do ensino fundamental notou-se que uma única coleção era mais utilizada. No livro do 6° ano