Antropolgia Filosófica
As categorias que descrevem a estrutura humana são ontológicas, pertencem ao ser. De acordo com a Antropologia Filosófica, estas categorias não são estabelecidas a priori e nem como produto da experiência, elas são princípios racionais baseados em leis do entendimento.
A privação do convívio social e do afeto compromete o desenvolvimento da personalidade, e resulta na limitação do potencial humano. Para dispor de si mesmo o homem necessita do amor do outro, pois a compreensão da verdade está vinculada ao diálogo e ao intercâmbio. Essa necessidade de vinculação é chamada alteridade.
A Antropologia Filosófica entende a pessoa como substância concreta que existe em si mesma, isto significa que, sua distinção como ser humano é fortalecida pela sua peculiaridade em relação a outros indivíduos. Assim para ser pessoa, o homem necessita ser indivisível - sob uma perspectiva ontológica - e ser único diante da natureza e do ambiente onde está inserido.
Para M. Buber (1976) a característica mais importante do homem é a intersubjetividade, que é a relação com o outro, a alteridade, o processo onde o eu está sempre em relação com o outro e o mundo. A consciência da individualidade, e a necessidade de compartilhamento da existência com outros seres humanos, é possibilitada pela existência do espírito.
As categorias de alteridade e unicidade são consideradas fundamentais, pela
Antropologia Filosófica, para o entendimento do homem, que é um ser dialogal com o outro e com o mundo que o cerca.
Por sua condição espiritual, o homem é dotado de liberdade, está aberto ao mundo e livre das limitações impostas pelas pulsões e pelo meio. Ainda que ligado ao mundo ele não é determinado pelas forças da natureza. A liberdade da vontade é constitutiva do homem, ela possibilita o planejamento e