Animais.
No entanto, é verdade que o gato é uma espécie mais suscetível do que outras ao surgimento de cálculos urinários, mas, de qualquer forma, a incidência destes é baixa (1%). Os conhecimentos nesta área avançaram muito nos últimos anos. Hoje se sabe que existem diferentes tipos de cálculos urinários e que o enfoque nutricional para tratar tais condições se difere segundo a composição do cálculo. Contudo, é preciso considerar que o surgimento de um distúrbio urinário nem sempre se deve à presença de cálculos. De fato, as doenças renais ou inflamações na bexiga (de origem bacteriana, tumoral, etc) também são causas comuns de distúrbios urinários.
Os sintomas observados são bastante característicos: o gato apresenta micção frequente, difícil e dolorosa, e a urina contém sangue. O avanço do cálculo em direção às vias urinárias inferiores pode provocar uma obstrução uretral; o gato então fica impossibilitado de urinar e, caso não haja uma intervenção, o animal vai a óbito dentro de 24 a 48 horas.
Litíase urinária fosfato-magnésio: os cálculos de fosfato de amônio e magnésio (estruvita) eram os mais frequentes antes dos anos 90, período em que a maioria dos fabricantes modificou a composição de seus alimentos. São observados em gatos relativamente jovens, entre 1 e 6 anos de idade, tanto em fêmeas quanto machos, sendo que os últimos têm mais dificuldade para eliminá-los de forma espontânea em virtude de sua conformação anatômica.
Os gatos castrados, sedentários, obesos e pouco ativos, constumam urinar com menor frequência, o que os predispõem a uma estase urinária propícia à formação de cálculos.
A acidez da urina é, de longe, um dos fatores que diminuem a probabilidade da aparição de cálculos urinários. Hoje se sabe que a urina levemente ácida (pH inferior a 6,5) impede a formação destes cálculos. Por outro lado, a urina alcalina favorece a precipitação dos minerais, principalmente quando é rica em magnésio. As