ANIMAIS ROLA BOSTA
Os rola-bostas, também chamados de escaravelhos, são besouros da família dos escarabeídeos e têm importante papel na reciclagem de nutrientes do solo. Eles alimentam-se de fezes de animais e na época da reprodução enterram bolinhas de estrume para alimentar as larvas, que se criam sob o solo. Existem rola-bostas em todo o mundo e alguns são mais rápidos que outros na tarefa de decompor o esterco. Assim, os africanos, adaptados para decompor o estrume de grandes animais, são os mais eficientes. Muitos países trouxeram com sucesso os besouros africanos para melhorar a fertilidade do solo, incorporando matéria orgânica, e combater certas pragas. No Brasil, a espécie africana Ontophagus gazella foi introduzida em 1989 para realizar o controle biológico da mosca-do-chifre, parasita de bovinos. Como a mosca deposita seus ovos no esterco, acreditava-se que, eliminando o mesmo rapidamente, o ciclo seria quebrado. Para se ter uma idéia, uma fêmea do besouro africano é capaz de gerar de 60 a 90 larvas por mês. Os rola-bostas brasileiros fazem uma geração por ano, de oito a dez insetos por vez. Ainda não há avaliação da eficácia dos besouros africanos em terras brasileiras.
O Amigo: Besouro Rola-Bosta Africano
O Digitonthophagus gazella, popularmente conhecido como besouro Rola-Bosta africano foi importado pela EMBRAPA em 1989 para fazer parte de um projeto de controle biológico de pragas.
Este inseto tem pouco mais de 1,5cm e se alimenta durante toda a sua vida das fezes frescas dos bovinos. Sob as fezes dos animais, o besourinho trabalha dia e noite cavando galerias no solo e enterrando as fezes a uma profundidade de 25cm, onde fazem seus ninhos (“pêras de gestação”). As fêmeas não possuem chifres e têm as pernas mais curtas que os machos. Um casal de besouros africanos chega a enterrar cerca de 7 kg de fezes por ano e destrói um bolo fecal em 48 horas, 10 vezes mais que o besouro brasileiro (Dichotomius anaglypticus).
Ciclo de Vida
As fêmeas botam