andy warhor
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O artista plástico Andy Warhol (1928-1987) teve sua ascensão no anos 60 e era considerado a antena que rastreava o futuro. Ele parece ter captado, no nascedouro, um novo mundo que surgia: o do culto às celebridades, da democratização dos bens de consumo, e da exibição pública da vida pessoal. Grande parte das peças foram criadas quando o artista morava em Nova York, em um estúdio onde trabalhava, reunia amigos e promovia festas. São dessa época algumas de suas obras mais fortes no imaginário popular, como os retratos de Marilyn Monroe, as serigrafias das latas de sopa Campbell's.Warhol é importante pelas questões que sua produção levanta e pelas reflexões que provoca até hoje. Reflexões, claro, bastante diferentes das que as mesmas criações causavam nos anos 60. Por uma razão simples: Warhol falava de um novo mundo que nascia, e nós vivemos agora este mundo.
Um de seus trabalhos mais famosos é a série de silk-screens de Marilyn Monroe, desenvolvida em 1962, no calor das notícias sobre o suposto suicídio da atriz. Quando Warhol opta por Marilyn, ao contrário, ele a legitima como figura central na arte pop do século XX, e não uma mera personagem do que, na época, se costumava chamar de "indústria cultural". Isso ocorre porque ele sobrepõe à marca "Marilyn" uma outra, igualmente poderosa, cuidadosamente cultivada: a dele próprio.
Warhol tinha duas obsessões na vida: ganhar dinheiro e ficar famoso, não necessariamente nessa ordem. O próprio loft, com as paredes cobertas com papel alumínio e o teto e o chão pintados com tinta prateada, acabou virando uma boa estratégia para o tão desejado sucesso. Warhol fazia questão de deixar sua porta sempre aberta para acolher as celebridades em alta e elas retribuíam com uma assiduidade de cartão de ponto. A modelo, atriz e socialite Edie Sedgwick tornou-se companhia constante. O cantor Bob Dylan também era um frequentador habitual do endereço, assim como Lou Reed e John Cale, membros da banda The Velvet Underground, que tinha