Analise do texto A Corosão do Carater
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Fichamento A Corrosão do CaráterO autor Richard Sennet discorre acerca do papel da rotina na sociedade. Para tal, compara pensamentos de Diderot, que defende o lado positivo da rotina, e Adam Smith que enxerga seu lado negativo e até, sombrio.
A transição da economia centralizada pela família para a economia industrial trouxe uma série de transformações para a sociedade. Diderot, na Enciclopédia de Diderot, valoriza a rotina na nova ordem econômica. Nesse sentido, o filósofo nos apresenta L’Anglée, uma fábrica de papel na qual reinam a ordem e rotinas precisas.
Segundo o escritor, graças a estas rotinas todos sabem o seu lugar e o que fazer. Para ele, a repetição pode apresentar resultados que vão além de simplesmente memorizar um ato. Elas podem trazer virtudes que vão além da repetição mecânica. Uma destas virtudes seria alcançar o que ele chama de “unidade mental e manual” no trabalho, isto é, encontrar variações no processo de trabalho, acelerá-lo, moderá-lo, inová-lo e mais.
Diderot observa que dominando a rotina, as pessoas assumem o controle e, assim, se acalmam. O trabalho seria o responsável pela paz de um ser humano consigo mesmo. Ele descreve cenas de L’Anglée, nas quais adolescentes trabalham serenos, organizados e se ajudam, o que representaria a fraternidade no trabalho.
Adam Smith, em sua obra A Riqueza das Nações, sugere uma percepção bem diferente acerca da rotina. Para o economista, a rotina embrutece o espírito. O papel da repetição mecânica no capitalismo nega qualquer relação entre o trabalhado (enquanto ser humano) e o produto resultante da repetição.
Segundo ele, o surgimento de livres mercados foram acompanhados da divisão do trabalho na sociedade e, portanto, a especialização exagerada das forças produtivas. O autor exemplifica com uma fábrica de alfinetes que, com o aumento da demanda, faz com que cada trabalhador faça uma parte da produção do alfinete, o que leva a operações muito simples e excessivamente específicas.
Adam, que