Análise do filme: Um Método Perigoso O filme nos mostra uma questão ética colocada pro Freud em Observações Sobre o Amor Transferencial (1915), que seria quando o paciente se apaixona pelo analista. Podemos ver que a relação de Jung e Sabina passa a envolver relações sexuais entre eles, o que vai contra o que é proposto por Freud, que considera que o analista não deve ceder e nem satisfazer o desejo do paciente, já que o mesmo se encontra em posição de vulnerabilidade diante do analista, que deve ter o cuidado para que diante da negativa de realizar o desejo do paciente o mesmo não torne a recalcar novamente esse desejo que foi trazido ao consciente, deve tratar essa questão que provoca o sofrimento do paciente tomando o devido cuidado de não se colocar na posição de objeto do desejo do outro. Segundo Freud a transferência é essencial à análise, pois é através dela, do amor do paciente pelo analista, que o processo terapêutico é estabelecido (FREUD, 1912). A transferência fornece o estímulo necessário à compreensão e tradução da linguagem do inconsciente. No Início do filme Jung utiliza-se do método de análise freudiana, para tratar de sua paciente Sabina Spielrein, uma jovem que foi internada em um hospital psiquiátrico com o diagnóstico de histeria. Durante o tratamento Jung vai descobrindo que a causa da histeria de Sabina provinha da relação que ela tinha com o pai, e que os sintomas teriam sido desencadeados desde a primeira infância por conta das surras que o pai lhe aplicava como forma de castigo por algo que a mesma havia cometido e que essas surras desencadeavam todo um desejo e um prazer sexual, mas também provocava um mal estar, era motivo de vergonha da paciente e a causa de seu sofrimento. Nesse momento do filme é possível observar que como a Psicanálise mesmo descreve, o desenvolvimento psicossexual da criança pode ser o causador de doenças futuras, como no caso de Sabina. É possível observar em algumas cenas do filme a