Amputação por diabetes

INTRODUÇÃO

O Diabetes é uma epidemia que já afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões. A doença apresenta altos índices de novos casos e mortalidade, além de ter significante custo social e financeiro para a sociedade e os sistemas de saúde.(BRASIL.2006) Estima-se que, globalmente, sua prevalência seja em torno de 120 milhões de indivíduos, e que entre 4 a 10% destes desenvolvem problemas no pé. No Brasil um estudo multicêntrico realizado em nove capitais encontrou uma prevalência de 7,6% entre pessoas de 30 a 69 anos de idade, sendo que destas, quase a metade ainda desconhecida ser portadora da doença e aproximadamente 25% dos diabéticos previamente diagnosticados não realizam qualquer tipo de tratamento. A analise através de projeções estima que, entre 1995 e 2025, o número de indivíduos diabéticos crescerá em 42% nos países industrializados e 170% nos países em desenvolvimento. (BRASILEIRO,2004). Diabetes constitui um importante problema da saúde pública, devido a elevadas prevalência e morbimortalidade, além do risco de desenvolvimento de complicações crônicas incapacitantes e do alto custo econômico, gerado pelo tratamento e pela redução da capacidade de trabalho de indivíduos em idade produtiva(BRASILEIRO,2004). A Hiperglicemia sustentada ao longo do tempo determina uma série de alterações estruturais e bioquímicas em órgãos alvos, em especial olhos, rins, coração, artérias e nervos periféricos. (Rezende KF, Nunes MA.2008). A Neuropatia diabética periférica (NDP) é a mais frequente das complicações crônicas do Diabetes Mellitus (DM), presente em aproximadamente 50% dos casos(BOULTON AJM.et. al.,2004) Trata-se de um transtorno heterogêneo que engloba uma ampla gama de anormalidades, afetando nervos periféricos, sensitivos e motores, proximais e distais (VINI