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O que é ética (São Paulo, brasiliense, 2003, 79 páginas) de Álvaro L. M. Valls. Nasceu em 1947, em Porto Alegre, onde passou a maior parte da vida e onde trabalhou como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fez o 2.º grau no colégio Anchieta, em Porto Alegre, e a graduação em Filosofia na Faculdade Medianeira, em São Paulo. Em 1973 entrou para o departamento de Filosofia da UFRGS, onde foi professor-adjunto. Fez seus estudos de pós-graduação na Alemanha, em Heidelberg, tendo dedicado seu trabalho de mestrado a Adorno e o de doutorado ao conceito de história em Kierkegaard. Já publicou vários artigos sobre temas filosóficos e educacionais. Desde 1971 está casado; tem três filhos. Procura equilibrar, tanto quanto possível, a fidelidade à família e à filosofia.
Em seu primeiro capítulo, Álvaro demonstra tamanho problema no entendimento da questão relacionada à ética. Abordando o fato de que é uma reflexão sobre costumes corretos, mas que geravam constantes mudanças isso por causa de vários aspectos envolvidos. Max Weber mostra que esta ética não era, em todo o caso, simples, clara e acessível a todos. Onde protestantes valorizavam o trabalho e a riqueza, enquanto católicos davam um valor maior à abnegação, ao espírito de pobreza e de sacrifício. Além de Weber, também devemos lembrar do grego antigo Sócrates e o alemão prussiano Kant.
Embora os gregos não gostassem dos questionamentos socráticos, Sócrates foi chamado, muitos séculos depois, "o fundador da moral", porque a sua ética não se baseava simplesmente nos costumes do povo e dos ancestrais, assim como nas leis exteriores, mas sim na convicção pessoal, adquirida através de um processo de consulta ao seu "demônio interior" (como ele dizia), na tentativa de compreender a justiça das leis. Já Kant buscava uma ética de validade universal, que se apoiasse apenas na igualdade fundamental entre os homens