REVOLUÇÃO
Moral é o conjunto de normas, de caráter pessoal, que regula a forma de intervir do indivíduo. A Moral tende sempre a ser histórica, dentro da especificidade do seu contexto de existência.
Já a Ética, é o conjunto de valores universais, que se referem ao que existe de mais positivo no gênero humano. Desse jeito, a Ética se torna uma forma acima do imediato, que pode ser fundamentada na religião ou em outros ramos do pensamento humano (Filosofia).
O texto termina explicitando a necessidade da atuação ética do profissional, sendo pautada nos interesses do coletivo e não na simples busca de satisfação própria.
Competência e profissionalismo: o lugar da ética
Nílson José Machado1
1. Introdução: contaminações
Competência e profissionalismo são duas palavras muito presentes no discurso educacional, ainda que com conotações variadas, oscilando, algumas vezes, entre pólos antagônicos. No que se refere à competência, por um lado, há o elogio da mesma como um saber fazer que se situa entre o know how e o savoir faire, uma capacidade de mobilização de recursos com discernimento; por outro lado, a competência evoca, às vezes, uma associação direta com a competição, com a concorrência predatória, concentrando-se as atenções na dimensão técnica de tal noção. Simetricamente, o profissionalismo convive, por um lado, com a idéia de um saber técnico, de um fazer tecnicamente bem realizado, e por outro, com o modo de ação de quem, muito além da competência técnica, imprime um sentido ético a suas ações, em conseqüência de compromissos com projetos e valores socialmente acordados. Assim é que, de um crime hediondo, realizado com requintes de crueldade, esbanjando-se competência técnica, um jornalista ou um policial costumam afirmar: “Isso é coisa de profissional”; similarmente, como indício de tal imbróglio conceitual, um jogador de futebol reconhecidamente