amor
Desde cedo Ernesto sofreu com crises freqüentes de asma, sua bombinha era companheira inseparável. Devido à doença, estudou inicialmente em casa, acompanhado pela figura materna, em meio a obras de Marx, Engels e Lênin. Na adolescência ele já cultivava o hábito da leitura, ao lado de autores como Júlio Verne, Baudelaire e Neruda, entre outros. Aos 12 anos, por causa dos surtos asmáticos, sua família mudou para Córdoba, onde morava próximo a uma favela. Apesar das barreiras sociais vigentes entre as classes mais prósperas na Argentina, Ernestito, como era conhecido, fez muitos amigos entre os favelados. A partir de 1944, a situação financeira da família começa a declinar e Che Guevara vai trabalhar como funcionário público, prosseguindo com os estudos. Ao entrar na Universidade, muda-se com os familiares para Bogotá e segue estudando Medicina, com um interesse especial pela lepra, e trabalhando para ajudar nas despesas de casa. Nessa época ele é dispensado pelo Exército por não possuir os atributos físicos necessários para o serviço militar.
Após a Segunda Guerra Mundial, cresce a oposição a Juan Domingo Perón, e Guevara participa dos protestos. Em 1951, ele inicia ao lado do amigo Alberto Granado e da antiga companheira, a moto chamada por eles de “La Poderosa”, a viagem que irá mudar a sua vida. Ao longo de um tour pela América Latina, não exatamente por pontos turísticos, mas por minas de cobre, aldeias indígenas e leprosários, convivendo com os oprimidos, olhando a realidade de um outro ponto de vista, mais crítico, durante oito meses, Ernesto