Amor
A composição da obra autoral e a experimentação da linguagem telejornalística na videorreportagem1 Patricia Thomaz2 Universidade Federal do Paraná - UFPR Resumo O presente artigo analisa a composição da obra autoral por meio da videorreportagem e discorre sobre a sua linguagem como forma de romper com a padronização presente no telejornalismo, visto que a produção permite a experimentação dos códigos verbal, sonoro e imagético. Na criação individual, as escolhas e as correções partem de atitudes centradas na personalidade do autor. Dessa maneira, a obra é estruturada a partir da essência do profissional, marcada pelo seu modo de apreender e interpretar a realidade. Agir criativamente e aguçar a percepção são, portanto, atitudes fundamentais no processo de criação de videorreportagens. A função exige, assim, um perfil profissional diferenciado, na maneira de perceber e de produzir com ética, competência comunicativa e originalidade. Palavras-chave Jornalismo, teoria e pesquisa; Linguagem telejornalística; Videorreportagem; História da videorreportagem; Obra autoral.
Introdução
Desde a invenção da máquina de imprimir (os tipos móveis e a prensa gráfica) por Gutenberg, no século XV, a tecnologia provoca mudanças na maneira de captar e traduzir o real. Entretanto, a velocidade de implantação e assimilação no passado era diferente. Na era pós-moderna, a rapidez é tanta que as transformações tecnológicas mal sedimentam totalmente seus conceitos fundamentais no campo da comunicação e já são suplantadas por outras. Na revolução tecnológica dos últimos tempos, que provocou inúmeros impactos no telejornalismo, surge um novo profissional, com características e preocupações que o individualizam dos seus colegas. O videorrepórter ou o videojornalista atende a uma das grandes exigências do