AMBIENTE DOS NEGÓCIOS NO BRASIL
O alto nível de burocracia que emperra o ambiente de negócios no Brasil ainda está presente em praticamente todos os níveis e setores, capitaneado pela administração pública, que é a pior. Em linhas gerais, a burocracia e o emaranhado de processos são grandes obstáculos à transparência, simplificação e integração de processos. Quando se compara a realidade brasileira com a de outros países, ainda estamos muito atrasados quando o tema tem ligação com os processos que facilitem as licenças e permissões para as empresas privadas. A realidade ainda é mais cruel quando estas dependem do setor publico para o cumprimento de suas obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e demais operações dependentes de autorização. Para demonstrar esse quadro, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) publica um estudo que chamou de “Melhorando o Ambiente de Negócios no Brasil: Ações para Reduzir a Burocracia”, onde mostra os aspectos sobre informações, prazos e conteúdos são ali analisados. No Brasil, a informação ainda é fragmentada e falta prazo quanto ao estágio em que se acha o processo. O conteúdo disponibilizado não é suficiente para que o País seja transparente e reduza a burocracia. E, os resultados colocam o Brasil em posição desvantajosa frente aos 19 países abrangidos pela pesquisa. A média para abertura de uma empresa alcança 10 dias nestes países. Além deste, um levantamento feito pelo Banco Mundial, aponta que o prazo para abertura de uma empresa alcança, em média, 107 dias no Brasil, contra um dia na Nova Zelândia e três em Cingapura. Outra constatação é a de que são necessários 325 dias, ou 2.600 horas para que se cumpram todas as exigências tributárias e trabalhistas, enquanto a média dos demais países são 21 dias, ou 171 horas. Não será preciso aprofundar a discussão, visto que há uma queixa generalizada das empresas quanto à qualidade e rapidez da