ambiente da rev industrial
“O Ambiente da Revolução Industrial”
BENÉVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1979.
A revolução industrial trouxe várias conseqüências sobre as cidades, como o aumento da população e da produção e o desenvolvimento dos meios de comunicação e de transporte.
O núcleo principal da cidade passa a corresponder a uma estrutura já formada bem antes da revolução industrial e que, devido ao rápido crescimento urbano, transformou-se no “centro do novo organismo” (página 565). Ao redor desse novo centro, surgiu um novo elemento: a periferia.
As classes ricas passaram gradualmente a deixar esse núcleo principal, cuja estrutura medieval não se adequava mais às necessidades da época industrial. Estas classes abastadas passaram, então, a ocupar a periferia, onde surgia bairros melhor construídos e com casas mais confortáveis. As casas antigas foram sendo ocupadas por pobres e imigrantes. “Muitos edifícios monumentais da cidade histórica… são abandonados por causa das revoluções sociais, e são divididos em pequenas moradias improvisadas” (página 565).
Muitos empresários ocuparam-se de construir casas operárias, pois desta maneira além de obterem lucro com o aluguel, ainda garantiriam um controle maior sobre os os trabalhadores. Essas vilas operárias sofriam com a falta de infraestrutura. “Ao logo das ruas correm os esgotos descobertos, se acumulam imundícies…” (página 566). As casas tinham dimensão diminuta e eram dispostas coladas umas nas outras, dificultando assim a ventilação e renovação do ar no interior do ambiente.
A insalubridade da cidade era a causa das constantes epidemias de doenças, que não se restringiam às classes pobres, atingindo também os bairros ricos. Tendo em vista essa situação, os governantes foram levados a tentar corrigir os defeitos higiênicos.
Surgiram alguns modelos, como o Falanstério de Fourier, que ilustravam uma alternativa para a realidade. Eram modelos idealizados e muitos estavam longe de serem postos em